Todos temos a concreta e optimista certeza de que o nosso futebol, ou como alguns muito empenhados preferem chamar, a nossa indústria do futebol, está no melhor dos mundos. Portanto, é deixar que tudo caminhe sobre rodas como até aqui que nada de mal virá a tal mundo.
Isso dos salários em atraso, das largamente endividadas SAD dos maiores clubes nacionais, da imensidão de jogadores estrangeiros nas competições profissionais, da enorme falta de assistência aos jogos, da quebra acentuada das receitas dos clubes, da entrega dos direitos de transmissão a um monopólio por largos anos, da desvirtuação competitiva por falta de assunção de compromissos remuneratórios aos jogadores inscritos, da virtualidade dos orçamentos para competição, tudo isto são coisas de somenos, pormenores que não podem iludir o grande protagonismo nacional da nossa indústria futebolística.
E onde está, ou por onde vai andando, o Governo? Ao que se vai sabendo, nos corredores a falar à boca pequena com a, b e c. Não quer intrometer prego e estopa tutelar e reguladora. Aqui neste domínio senhorial está praticamente como Pilatos, tira as mãos do fogo, também e quase certamente para não perder votos nas eleições que já se avizinham.
É bem mais fácil ao Governo, ao Secretário de Estado do Desporto, aparecer a apadrinhar candidaturas a grandes eventos de futebol, a distribuir loas e prémios desportivos, do que aparecer e dar a cara por soluções que garantam o futuro da tal indústria e a lealdade competitiva entre clubes desportivos profissionais. Por isso mesmo, porque não quer estar do lado da procura activa de soluções, de definir estratégias de sustentabilidade dos clubes e do futebol profissional, o Governo, melhor o prestimoso Secretário de Estado, prefere estar de lado, indiferente a qualquer das coligações de interesses que se preparam para deixar tudo praticamente intocável.
Porque não se iluda a populaça – sindicato e jogadores incluídos – com a falsa ideia de que os clubes na sua Liga Profissional aceitarão regulamentar em seu desfavor. Lembre-se que quem decide são os dirigentes desses mesmos clubes e as suas decisões não vão certamente contra as suas práticas e interesses, responsabilizando-os por o que até aqui foram irresponsabilizados.
Claro que o Governo, o Secretário de Estado, também estará longe de querer como diz “meter a foice em seara alheia”. E entretanto vai continuando a inaugurar campos relvados, centros de alto rendimento e outros que haja por similares…! E se ao menos fosse ver das novas que vêm do trabalhismo inglês onde o Governo governa mesmo no desporto profissional de futebol e está na primeira linha das soluções inovadoras para um desporto que naquele país é, aí sim indiscutivelmente, uma enormidade competitiva e industrial..!
José Pinto Correia, Mestre em Gestão do Desporto
Isso dos salários em atraso, das largamente endividadas SAD dos maiores clubes nacionais, da imensidão de jogadores estrangeiros nas competições profissionais, da enorme falta de assistência aos jogos, da quebra acentuada das receitas dos clubes, da entrega dos direitos de transmissão a um monopólio por largos anos, da desvirtuação competitiva por falta de assunção de compromissos remuneratórios aos jogadores inscritos, da virtualidade dos orçamentos para competição, tudo isto são coisas de somenos, pormenores que não podem iludir o grande protagonismo nacional da nossa indústria futebolística.
E onde está, ou por onde vai andando, o Governo? Ao que se vai sabendo, nos corredores a falar à boca pequena com a, b e c. Não quer intrometer prego e estopa tutelar e reguladora. Aqui neste domínio senhorial está praticamente como Pilatos, tira as mãos do fogo, também e quase certamente para não perder votos nas eleições que já se avizinham.
É bem mais fácil ao Governo, ao Secretário de Estado do Desporto, aparecer a apadrinhar candidaturas a grandes eventos de futebol, a distribuir loas e prémios desportivos, do que aparecer e dar a cara por soluções que garantam o futuro da tal indústria e a lealdade competitiva entre clubes desportivos profissionais. Por isso mesmo, porque não quer estar do lado da procura activa de soluções, de definir estratégias de sustentabilidade dos clubes e do futebol profissional, o Governo, melhor o prestimoso Secretário de Estado, prefere estar de lado, indiferente a qualquer das coligações de interesses que se preparam para deixar tudo praticamente intocável.
Porque não se iluda a populaça – sindicato e jogadores incluídos – com a falsa ideia de que os clubes na sua Liga Profissional aceitarão regulamentar em seu desfavor. Lembre-se que quem decide são os dirigentes desses mesmos clubes e as suas decisões não vão certamente contra as suas práticas e interesses, responsabilizando-os por o que até aqui foram irresponsabilizados.
Claro que o Governo, o Secretário de Estado, também estará longe de querer como diz “meter a foice em seara alheia”. E entretanto vai continuando a inaugurar campos relvados, centros de alto rendimento e outros que haja por similares…! E se ao menos fosse ver das novas que vêm do trabalhismo inglês onde o Governo governa mesmo no desporto profissional de futebol e está na primeira linha das soluções inovadoras para um desporto que naquele país é, aí sim indiscutivelmente, uma enormidade competitiva e industrial..!
José Pinto Correia, Mestre em Gestão do Desporto
1 comentário :
Bom post. Um bem haja Professor!
Cumprimentos,
http://coachdocoach.blogspot.com/
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