terça-feira, 27 de abril de 2010

Havemos Príncipe (na Terra da Fraternidade)!


Felizmente temos entre nós um verdadeiro e excelentíssimo “Príncipe”. Ele é um maravilhoso soberano da modernidade. Não pára, voa de uma extrema do mundo à outra, viaja e percorre, vem e vai, e apruma pedras sobre pedras. Tudo caminha em grande velocidade à sua volta.

Não há nem pode haver descanso para o nosso guerreiro valoroso que por obras inadiáveis e rendosas se esforça, e faz “mais do que prometia a gesta humana”.

O “Nosso Maior” vem das melhores linhagens da espécie, tem muito engenho, sabedoria, traça a régua e esquadro cada liça, cimenta e cola, e “genha e reengenha”, encena e reencena, novidades, notícias, anúncios.

Tudo é sempre novo em volta de “Sua Senhoria”. O que ontem era assim, hoje já foi, hoje é já outro, e amanhã será por diferente ainda mais. Tudo muda, nunca passa a mesma água por debaixo das suas novas pontes. Há um perpétuo movimento, com bichinho carpinteiro, qual obreiro em evolução permanente.

Nos pequenos intróitos, numas migalhas do seu inexcedível tempo, o “Excelso” abre a voz. E aí diz ao povo que comanda “generalissimamente” ao que vem e vai, ou ao que anda. Fala pouco agora, diz o que quer e acha que deve. Que o escutem cuidadosamente, portanto, e tudo quanto trauteia é tudo quanto basta que se saiba. No resto corre afoito para o futuro, profetizando a chegada do novo mundo. Que vai ser magnífico, estrondoso, categoricamente melhor.

Mas há também uns pequenos saltos no percurso. Que não são, obviamente, nada de mais para quem de tanto foi, é, e vai continuar capaz.

O “Grande Príncipe” fará tudo bem, outra vez, como foi ontem, pois então. Melhor era impossível, nem haveria de haver quem.

A contradita de uns poucos à volta de tamanha iluminação é só maledicência, vileza, ignomínia e infâmia. Por isso, “Ele” é o maior, o mais sábio, o intrépido velejador da nossa Nau.

O “Príncipe” do finado reino, desta República magnífica (e já centenária), é o justo dos justos, o mais verdadeiro, o doutor da ética, o insigne intérprete da moral. E também o inquestionado refundador fecundo dos costumes. E é o portador da visão intangível e inédita de um Portugal imenso (do Atlântico aos Urais, por mar, terra e ar).

Este “Novo Príncipe” é perfeito, mais mesmo do que o de outras épocas. Domina ventos e marés, contas e números, cifras e códigos, décimas e milésimas. Tudo está ao seu alcance. Riqueza, impostos, dívidas, indústrias, comércios, e tantos outros e diferentes, tudo isso é de menos para o vigor do seu afã.

O ano próximo de 2013 será apenas e só um apeadeiro transitório da obra inigualável da engenharia principesca – momentaneamente escalpelizada num credível, rigoroso, detalhadíssimo PEQUE.
Claro que em redor de “Sua Magnificência” avultam ajudantes memoráveis. Uns são Vitais, outros serão Lelos, outros serão mesmo Santos. E amparam o “Vulto” nas pequenas agruras inescapáveis das contas dos dias úteis. E nos inoportunos afrontamentos dos menores plebeus que contrariam e desdizem a “Figura”.

O país com suas terras, ares e mares, avós, pais, filhos e netos, está bem entregue. E recomendam-se as suas façanhas recentes e próximas. Há um capital de luz e oportunidades no horizonte. E na frente do caminho, como farol da empreitada, está o nosso “Príncipe”.

Portugal vai ser imenso. Descoberta sobre descoberta, empreendimento sobre empreendimento, realização sobre realização, obra sobre obra, pedra sobre pedra, “Vamos ser um imenso Portugal”, na Europa e no Mundo.

Demos vivas e aspiremos à longa vida do nosso “Artífice”, que vai ao leme da Nau. A verdade triunfa sempre…! Seja em Abril ou Maio, como disse o poeta-cantor, nesta “Terra de fraternidade, o povo é quem mais ordena”.

José Pinto Correia, Economista

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