Quando se vai verificar o que está contemplado para o desporto, melhor para o seu desenvolvimento e mudança para nos integrarmos no espírito que se afirma governamentalmente presidir ao QREN, apenas encontramos a possibilidade de se apresentarem candidaturas para infra-estruturas – e desde logo e apenas para os denominados “Centros de Alto Rendimento Desportivo” e para os campos de futebol de relva artificial para os municípios onde ainda não exista nenhum desses campos de relva.
Isto é tudo o que há no QREN entre 2007 e 2012 para o desporto, não estão previstos quaisquer outros programas que não sejam de construção de infra-estruturas.
Portanto, o Governo de Portugal como política de desenvolvimento desportivo, como mudança e estratégia de evolução do panorama desportivo nacional, apenas considerou neste importante Quadro de Referência Estratégico Nacional os Centros de Alto Rendimento, de que ainda nada praticamente se sabe (a não ser que "serão dos melhores da Europa e do Mundo", no pretensioso categórico do Secretário de Estado Laurentino Dias) e muitos, muitos mais, campos de futebol sinteticamente relvados.
Pergunta-se, então, que política desportiva é esta que reduz no QREN tudo a construções? E construções, mais e mais construções, com que objectivos, estruturas de formação e técnicas, modelos de organização, métodos de gestão, planeamento?
E que ligação de mais esta onda infra-estrutural aos clubes, às escolas, ao desporto de base e escolar, aos municípios e respectivas políticas desportivas, os quais agora passarão também a deter mais poderes na organização e gestão do ensino?
É apenas mais uma vaga, indefinida e sem estratégia claramente assumida, mais uma “política do betão no desporto”?
E o capital humano, as pessoas, os praticantes, as estruturas organizativas (escolas, clubes, federações) – não contaram para o QREN porque tudo se reduz a obras, obras e mais obras no desporto em Portugal?
É tempo de se exigir que o Governo defina e divulgue finalmente o que são as suas opções e estratégia para o desporto – e não apenas para o desporto profissional e de competição, mas também para o desporto de base que inclui necessariamente o comunitário/local e escolar. Para que possam ser, primeiro, debatidas devidamente, e depois, adequada e oportunamente escrutinadas.
Isto é tudo o que há no QREN entre 2007 e 2012 para o desporto, não estão previstos quaisquer outros programas que não sejam de construção de infra-estruturas.
Portanto, o Governo de Portugal como política de desenvolvimento desportivo, como mudança e estratégia de evolução do panorama desportivo nacional, apenas considerou neste importante Quadro de Referência Estratégico Nacional os Centros de Alto Rendimento, de que ainda nada praticamente se sabe (a não ser que "serão dos melhores da Europa e do Mundo", no pretensioso categórico do Secretário de Estado Laurentino Dias) e muitos, muitos mais, campos de futebol sinteticamente relvados.
Pergunta-se, então, que política desportiva é esta que reduz no QREN tudo a construções? E construções, mais e mais construções, com que objectivos, estruturas de formação e técnicas, modelos de organização, métodos de gestão, planeamento?
E que ligação de mais esta onda infra-estrutural aos clubes, às escolas, ao desporto de base e escolar, aos municípios e respectivas políticas desportivas, os quais agora passarão também a deter mais poderes na organização e gestão do ensino?
É apenas mais uma vaga, indefinida e sem estratégia claramente assumida, mais uma “política do betão no desporto”?
E o capital humano, as pessoas, os praticantes, as estruturas organizativas (escolas, clubes, federações) – não contaram para o QREN porque tudo se reduz a obras, obras e mais obras no desporto em Portugal?
É tempo de se exigir que o Governo defina e divulgue finalmente o que são as suas opções e estratégia para o desporto – e não apenas para o desporto profissional e de competição, mas também para o desporto de base que inclui necessariamente o comunitário/local e escolar. Para que possam ser, primeiro, debatidas devidamente, e depois, adequada e oportunamente escrutinadas.
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