Na Declaração da Independência Americana consta a seguinte passagem que pode ser tomada como uma tese defendida por Jefferson, um dos pais da democracia daquele País:
“Tomamos como verdades evidentes que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo seu criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que para garantir estes direitos, são instituídos entre os homens Governos cujos poderes derivam do consentimento dos governados. Que sempre que qualquer forma de Governo se torne contrária a estes fins, tem o Povo o direito de a alterar ou abolir, e de instituir novo Governo…”.
Esta citação foi incluída por George Orwell na página final do seu livro “1984”, que é um libelo acusatório profundíssimo sobre os regimes autoritários e os diferentes desvios à democracia e aos direitos individuais e ao usufruto da real liberdade.
Portugal tem em 2011 certezas evidentíssimas de que o actual Governo merece ser destituído, pois a sua prática política e os resultados que dela provieram são indiscutivelmente apanágio de múltiplos fracassos e de muitas opções trágicas para muitos dos próximos anos de vida dos portugueses de todas as gerações.
Assim sendo, o Povo português tem de ser rapidamente chamado a escolher um outro Governo que, como diz a tese da Declaração Americana, seja portador da esperança de construção de um futuro mais promissor que seja a garantia dos direitos inalienáveis da vida, da liberdade e da procura da felicidade dos cidadãos de Portugal. E neste imperativo da autenticidade da democracia caberá ao novo Presidente da República eleito no próximo acto eleitoral um papel primacial e inalienável, que terá de vir a exercer não muito longinquamente.
José Pinto Correia, Economista
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