Um sistema desportivo é, além do mais, um conjunto de estruturas organizacionais, de agentes/actores, de estratégias, de processos, de objectivos e metas.
Quando aqui nos referimos adiante a sistema estamos sempre a pensar no actual modelo que define o sistema desportivo português.
A eficácia e eficiência de um sistema dependem em primeiro lugar da capacidade dos seus líderes.
O processo ou melhor os processos de liderança que são protagonizados e impulsionados pelos dirigentes de topo são decisivos para a condução dos sistemas organizacionais, nos quais actuam os respectivos actores/agentes tentando concretizar estratégias, planos, objectivos e resultados.
As lideranças em que são agentes fundamentais os dirigentes organizacionais, para além de terem capacidade de transmitir a sua visão organizacional ampla, têm de ser renovadas ou renovarem-se para poderem transmitir regeneração ao sistema e aos respectivos projectos organizacionais.
A perpetuação no poder de determinadas lideranças e líderes acarreta quase inevitavelmente a sistemas complexos e descentralizados entropia, degenerescência progressiva e fortalecimento de tendências para a criação de actividades de negociação menos rigorosas e exigentes.
O favorecimento e a politização das estruturas e dos meios e instrumentos de funcionamento do interior do sistema tende assim mesmo a estabelecer-se.
Os líderes máximos que se perpetuam tendem a assumir um grau de enorme domínio sobre as estruturas intermédias do sistema e a criar nestas e nos seus respectivos agentes/actores um sentido de dependência, de fraqueza institucional e de egoísmo e salvação negocial.
Estas dependências impedem a afirmação de autonomia organizacional e estratégica das instituições intermédias que compõem o sistema. No limite o sistema, desde o topo até às respectivas bases tende a corromper a sua natureza especial.
Mas a situação do sistema piora muito quando as lideranças das estruturas intermédias que compõem o sistema também tendem a perpetuar-se no poder organizacional. Nestas, os seus respectivos líderes passam a negociar em permanência com o topo conhecido, repetem estratégias e condutas negociais e gerem as respectivas estruturas intermédias ininterruptamente sem necessitarem de alterar significativamente o “modo de fazer e de estar”.
O sistema no seu todo torna-se desleixado, frouxo, sem visão e estratégia, e o planeamento e a fixação de objectivos e metas tende a não existir.
A máxima entropia possível acontece quando um sistema deste tipo tem a possibilidade de negociar através do seu topo os meios (financeiros, pelo menos, que são os que mais lhe interessam) para levar a efeito um “projecto plurianual”, sem que da parte financiadora exista qualquer capacidade ou intenção visível de monitorizar os processos de trabalho, as estratégias organizacionais, os padrões gestionários, os resultados “on-going” e os processos de liderança do sistema.
Quando aqui nos referimos adiante a sistema estamos sempre a pensar no actual modelo que define o sistema desportivo português.
A eficácia e eficiência de um sistema dependem em primeiro lugar da capacidade dos seus líderes.
O processo ou melhor os processos de liderança que são protagonizados e impulsionados pelos dirigentes de topo são decisivos para a condução dos sistemas organizacionais, nos quais actuam os respectivos actores/agentes tentando concretizar estratégias, planos, objectivos e resultados.
As lideranças em que são agentes fundamentais os dirigentes organizacionais, para além de terem capacidade de transmitir a sua visão organizacional ampla, têm de ser renovadas ou renovarem-se para poderem transmitir regeneração ao sistema e aos respectivos projectos organizacionais.
A perpetuação no poder de determinadas lideranças e líderes acarreta quase inevitavelmente a sistemas complexos e descentralizados entropia, degenerescência progressiva e fortalecimento de tendências para a criação de actividades de negociação menos rigorosas e exigentes.
O favorecimento e a politização das estruturas e dos meios e instrumentos de funcionamento do interior do sistema tende assim mesmo a estabelecer-se.
Os líderes máximos que se perpetuam tendem a assumir um grau de enorme domínio sobre as estruturas intermédias do sistema e a criar nestas e nos seus respectivos agentes/actores um sentido de dependência, de fraqueza institucional e de egoísmo e salvação negocial.
Estas dependências impedem a afirmação de autonomia organizacional e estratégica das instituições intermédias que compõem o sistema. No limite o sistema, desde o topo até às respectivas bases tende a corromper a sua natureza especial.
Mas a situação do sistema piora muito quando as lideranças das estruturas intermédias que compõem o sistema também tendem a perpetuar-se no poder organizacional. Nestas, os seus respectivos líderes passam a negociar em permanência com o topo conhecido, repetem estratégias e condutas negociais e gerem as respectivas estruturas intermédias ininterruptamente sem necessitarem de alterar significativamente o “modo de fazer e de estar”.
O sistema no seu todo torna-se desleixado, frouxo, sem visão e estratégia, e o planeamento e a fixação de objectivos e metas tende a não existir.
A máxima entropia possível acontece quando um sistema deste tipo tem a possibilidade de negociar através do seu topo os meios (financeiros, pelo menos, que são os que mais lhe interessam) para levar a efeito um “projecto plurianual”, sem que da parte financiadora exista qualquer capacidade ou intenção visível de monitorizar os processos de trabalho, as estratégias organizacionais, os padrões gestionários, os resultados “on-going” e os processos de liderança do sistema.
Tudo mais se agrava quando este fornecedor passivo de meios, que fica a ver “a banda passar” é o próprio Estado – melhor dito os contribuintes nacionais.
Se um sistema assim governado, com esta capacidade de liderança assim entronizada e fundadora de entropia e corrupção organizacional e negocial, fracassa nos poucos objectivos assumidos a que o seu topo se propôs, o que deve acontecer?
A regeneração de um sistema indica que a primeiríssima solução para este seu estado lamentável de governança só pode ser a imediata substituição dos principais líderes que se perpetuaram no seu topo.
Porque só assim pode haver o espaço necessário e imprescindível para procurar uma reorganização e reorientação de todo esse sistema.
E também porque essas procuras de legitimação e renovação têm de ter “fiéis destinatários”, que serão sempre os “fundadores da existência do sistema” – no caso do desporto os atletas e o povo contribuinte para o respectivo financiamento.
Portanto, Vicente Moura deve sair da presidência do Comité Olímpico de Portugal (onde já vai completar quatro mandatos, três deles consecutivos)?
Resposta óbvia: obviamente demita-se!
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