terça-feira, 24 de maio de 2011

Espanha, Espanha, Espanha!

Este é o lema que deve estar presente na cabeça dos portugueses no próximo dia 5 de Junho. Aqui ao nosso lado, do outro lado da nossa fronteira, os cidadãos eleitores não tiveram nem dúvidas nem contemplações para com o poder e o Governo socialista de Zapatero. Cansaram-se de tanta falta de correspondência entre aquilo que desejavam e o que lhes foi sendo dado. Faltaram milhões de empregos, milhões de cidadãos estão assim sem trabalho, a boa e crescente economia de outros anos desapareceu, e com ela foi-se deteriorando a esperança de melhoria de vida individual e familiar de milhões de espanhóis. De nada valem agora os tão apregoados avanços do progressismo fabuloso e do socialismo vertiginoso de Zapatero. Um país conquista-se com verdade e rigor, com bases sustentadas na sua economia, com equilíbrio político e estrutural, com sensatez e responsabilidade inequívoca perante os desafios de um Mundo globalizado que exige pensamento estratégico e visão de futuro largo aos líderes políticos. E que se não compadece com agendas radicalizadas de cariz ideológico que são pagas com perdas inequívocas de coesão interterritorial e com desestruturação de um Estado nacional. Em Espanha os socialistas pagaram pesadamente a sua ineficácia política e económica e as suas enormes tendências de reengenharia cultural, social, política e económica. Em Espanha os eleitores não duvidaram do que tinham de fazer e castigaram duramente nas urnas o socialismo falhado de Zapatero. Esta é uma boa lição para todos nós portugueses. Pode e deve servir de exemplo do que se impõe fazer nas nossas eleições. Também aqui o socialismo irrealista e ilusório de Sócrates fracassou redonda e tragicamente. No próximo dia 5 de Junho não pode haver dúvidas de que os socialistas portugueses, que se continuam a considerar como irresponsáveis e inimputáveis pelos seis anos da sua governação ininterrupta e conduziram o país e a Nação mais antiga da Europa à falência do seu Estado, têm de ter o mesmo castigo eleitoral que em Espanha foi dado ao socialismo de Zapatero. No próximo dia 5 de Junho ter-se-á de fazer ouvir nas urnas eleitorais o mesmo pregão democrático: Portugal, Portugal, Portugal! (como ontem se ouviu do outro lado: Espanha, Espanha, Espanha!). E outro futuro se levantará…!


José Pinto Correia, Economista

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