quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Fim do Teatro de Pilatos!

“O melhor líder é aquele de cuja existência o povo mal se apercebe; menos bom é aquele que é obedecido e aclamado pelo povo; o pior é aquele que o povo despreza” (Lao Tzu, 630 a. C.)


Cena 1


A vergonha em toda a crua nudez. O homem das águas turvas, e das nossas águas, juntamente com o seu amigalhaço Lino, queria dar um naco valente à EDP já em 2000 das tais Águas. E que uns tempos depois iam para propriedade britânica. São de uma farinha bolorenta e lúgubres estas criaturas que desgovernam o nosso País há praticamente dez anos. Mas os mentirosos acabam apanhados. Ainda que não seja tão rapidamente como a nossa democracia requeria...



Cena 2


O Programa Novas Oportunidades. Fazer um programa que envolve centenas de milhares de pessoas e muitos e muitos milhões de euros, nem se sabe ao certo quantos, e não avaliar rigorosamente os resultados é incompetência da mais séria. Não é assim na maioria dos países desenvolvidos. A avaliação rigorosa faz parte integrante das boas políticas públicas. Só mesmo nesta "Socretinice"!



Nas novas oportunidades tenho experiência de um caso familiar que acompanhei de perto. E agora estou a constatar um outro. Não me venham dizer que se aprende, que se transmitem conhecimentos cientificamente validados. Que há professores no sentido exacto e rigoroso que se dá ao agente que ensina efectivamente. Porque não foi isso que eu verifiquei e verifico nos casos que conheço...



Cena 3


Passos Coelho e Paulo Portas querem renegociar as PPP. E provavelmente ambos vão concordar também em parar com o TGV. Passos Coelho disse mesmo que quer transferir os recursos comunitários deste projecto para outros que são prioritários para o novo modelo de desenvolvimento do País que se impõe implantar. Portas também o quer fazer. Boas opções, portanto, estão aí!



Cena 4


Que coisa mais eloquentemente social. Do Estado Social, daquele que é inexpugnável. A nossa ministra da saúde, a senhora da fala longa e atrapalhada, veio dizer agora, nesta mesma data, que os portugueses abusam das consultas. Vê-se logo, quando muitos esperam meses por uma da especialidade é mesmo de grandes abusadores. Viva o SNS, portanto!



Cena 5


Há uma grande guerra no Ministério da Justiça. Trata-se do nosso pequenino filme do Kramer contra Kramer. Vale uns milhares de euros. Mas a coisa deles ainda promete. Irá parar nos tribunais? Ainda estou para ver as testemunhas que vão ser arroladas. Vai ser um corrupio de maiorais. República? Dizem que a moral republicana é a lei. Qual? A do marido ou a da mulher?



Cena 6


Integridade: Fazer corresponder honestamente as palavras e os sentimentos com os pensamentos e as acções, sem outro desejo do que o bem dos outros, sem malícia ou vontade de desiludir, de tirar vantagem, manipular, ou controlar; constantemente revendo a sua intenção à medida que se luta pela congruência (Stephen Covey).



Agora tentar ver como se posiciona o perfil do engenheiro da bancarrota nesta definição claríssima de integridade. Dá para arreliar não dá? Mesmo os mais ordeiros e compreensivos. Não é?



Cena 7


Espantoso. Acabei de ler o Expresso. Nos artigos sobre a política nacional nota-se já a mão visível da mudança da direcção. Sobre o debate de ontem, logo na segunda página, só falta mesmo dizer que o engenheiro da nossa maldição vai começar agora a governar. Que os há, há! Estão à vista agora, e mesmo da desarmada!



Cena 8


Estradas de Portugal. Novidades ou velharias. O velhote Almerindo saiu de lá com aquilo em chamas e já tem um novo “empreguinho”. Vai para uma empresa ligada ao BES, a OPWAY, de onde se retirou o antigo Presidente do Sporting. Vai tratar de construir aquilo que puder com as avenças do regime. A Ascendi da Mota e do camarada Coelho também está lá no Caminho (WAY).



Cena 9


O melhor aluno nacional em 2010 veio das afamadíssimas Novas Oportunidades. Tinha saído do ensino regular porque não tinha boas notas. Anos depois entrou nas NO e vai daí faz um exame de inglês tem 20 valores e entra na Universidade. E fez dois módulos nas NO. Isto não é bom? Isto não é valente? Caramba é o máximo!



Acho mesmo que este aluno podia dar umas lições de inglês ao engenheiro das NO. Para melhorar o tal "bad english". Podia ser uma vantagem para o homem compreender o acordo que assinou com a Troika/Triunvirato!



Cena 10


O que é uma campanha política? Fazer comícios com figurantes alimentados por uma refeição e transportados em autocarros? Como se fossem o quê? Seres humanos sem qualquer dignidade e valor individual? Ou como mendicantes que, por falta de respeito e honradez dos políticos deste PS, sejam conduzidos a alimentar a campanha do homem que desfez o País? Onde chegará este PS do ilusionista-mor?




Cena 11


O engenheiro afirma que é beirão. E que tem qualidades aprendidas nessa parcela de Portugal. Mas e os princípios e os valores de vida: a honestidade, a honradez, a verdade, a respeitabilidade, a humildade, a integridade? Onde ficaram estes? Ninguém ali lhos ensinou? Ou ele não os aprendeu? Desfaçatez, muita, e falsa moral também - disso ele sabe como mais ninguém nas beiras saberá algum dia!



Cena 12


O dono da coisa falou. Diz que aceita os outros no seu Governo. Pretensão e muita. O homem que conduziu o País à bancarrota eminente faz tudo e o seu contrário para ficar no poleiro. Não, a "socretinice" tem de acabar já aqui! Como seria possível Portugal cumprir compromissos tão difíceis e sérios com o homem das doze caras? Vá de retro pois então!



Cena 13


Mário Soares está muito preocupado. Diz que é um exagero o modo como os líderes se destratam publicamente. Pudera, o do PS é um menino de coro. Já não se lembra o nosso senhor do regime de quando invectivava o candidato seu concorrente, Cavaco. E já tinha ele, MS, 82 anitos nessa altura. Agora que o PS pode ser sacudido do mando a palavra difere. Pois é, mudam-se!



Cena 14


O Presidente Almeida Santos é um profeta. E mandador de há décadas, desde que regressou da sua Moçambique, antes dos que por seus doutos conselhos lá ficaram. Estes, e muitos, voltariam depois com uma à frente e a outra atrás. Mas agora o Presidente da Rosa nem admite que o "incinerador da Nação" fique fora de jogo. Não, os outros é que devem ficar se não se submeterem aos donos disto tudo...



Cena 15


Teixeira dos Santos já fala. E diz alto lá fora o que o engenheiro anda a desdizer cá dentro. Teixeira já é da oposição. Fala que nem um “troikano”. Afirma que a descida da TSU implica aumento de impostos e redução de despesa. Que tem de ser calibrada. Que é importante. Tudo isto o ilusionista esconde e contradita. Já nem se recorda do que assinou em nome de Portugal. Só o poder lhe diz algo, muitíssimo mesmo!



Cena 16


Espanha, Espanha, Espanha! Aqui ao lado os homens da reengenharia social, cultural, territorial, e outras mais, foram cilindrados nas eleições. Não tiveram apelo, muito embora o maestro Zapatero tivesse tomado medidas sérias para tentar salvar a honra do palácio. Falta agora que do nosso lado façamos o: Portugal, Portugal, Portugal! Já no dia 5 de Junho - fora com ele!





Cena 17


As trapalhadas das contas da execução orçamental continuam. Nas finanças há maneiras maquilhadas de fazer comparações financeiras. É triste ver esta injúria que é feita contra todos nós. Continua a propaganda. Andam com a barriga para a frente e tiram despesas incursas do realizado. Manobras descaradas. Só para alimentar a falsa aparência. Mas a UTAO está atenta e diz o que tem a dizer!



Gestão orçamental não é gestão de propaganda. Não é nem pode ser em democracia. A gestão de um orçamento obedece a critérios rigorosos de contabilização dos compromissos. Não podem retirar-se despesas efectivas de um trimestre para se dizer que há diminuição efectiva da despesa. Pois ela vai realizar-se durante o ano e será executada no mesmo. O que está a ser feito é maquilhagem não é gestão orçamental credível!



O que está agora a pretender fazer-se na gestão do orçamento de 2011 foi feito com o futuro das novas gerações no domínio das PPP. Atiraram-se os encargos volumosos para os anos de 2013 em diante. Durante muitos dos anos futuros assim vai acontecer. Para quê? Para os donos da coisa poderem andar a mostrar e a inaugurar obras milionárias nos dias do seu Governo...



Cena 18


Os portugueses não vão submeter-se à estratégia do medo do engenheiro. E começam a dar sinais claros de que querem mudar realmente. Mudar implica uma nova liderança capaz de se apresentar com uma visão e um projecto que mobilize as energias das pessoas. Porque é com as motivações e o empenhamento dos portugueses que a esperança se realizará!



Cena 19


Mário Soares é também o nosso grande portento. Para ele todos os políticos europeus (de direita, claro) são medíocres. Bom para ele, mesmo fixe, é o nosso extraordinário engenheiro Pinto de Sousa. Estamos falados, portanto, sobre a capacidade avaliativa do nosso denominado grande político da democracia. Bons são os dele. Os da maravilhosa e portentosa esquerda (moderna ou sei lá quê!)!



Cena 20 – “A Última Cena”


Pilatos tem mandado muito. Fez e desfez. Obras e mais obras. Dívidas brutais. Condenou a Nação e as próximas gerações. Mas não quer nem aceita culpas. Não é cristão, isso é sabido. A sua moral é a da falsidade, da ilusão e do temor reverencial ao seu poder majestático e insaciável. Mas Pilatos tem o seu fim à vista. O Portugal cristão pede justiça, aquele sereno sopro de honra e dignidade nacional que nos livrará daquele que mesmo no fim dos seus dias é incapaz, completa e absurdamente incapaz, de assumir os seus erros trágicos. Sim, Portugal vai renascer sem o seu Pilatos a partir do próximo dia 6 de Junho!



José Pinto Correia, Economista

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